Molho de arandos {para acompanhar peru}

Este é provavelmente um dos molhos que mais gosto para acompanhar a carne de peru. Fica delicioso e ao contrário da maioria das receitas que encontrei, não leva açúcar.

Massa de pimentão {Receita II}

Cada vez mais sou a favor do simples e do genuino, na vida ou na cozinha. O tempo tem destas coisas, a capacidade de nos ensinar a ver tudo de outra forma e a teimosia característica da juventude vai dando lugar a uma clarividência que faz mudar opiniões e gostos. É tão comum ouvir dizer "dantes nem gostava disto mas agora já gosto". Acredito que tenha tudo a ver com o mesmo. Começamos a valorizar outros pormenores e consequentemente, as preferências.

Bruschetta de cogumelos, tomate e alho caramelizado

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Desde o início do ano que ando a meio gás. Já deitei as culpas para cima da pobre agenda que teimava em não chegar, já comecei a deitar-me mais cedo para tentar dormir mais uma hora por dia, nem sequer tenho trabalhado aos fins de semana e no entanto, sinto-me mais cansada que nunca. Eu que sempre achei que janeiro era o meu mês da energia, da renovação. Mudou. Para mim, esse mês passou a ser o setembro. Sinto que é muito devagarinho que começo a entrar no ritmo. A velha máxima "quanto menos se faz, menos apetece fazer" nunca fez tanto sentido. Estes dias pequenos e cinzentos também não têm ajudado e hoje, véspera de fim de semana, desejo do fundinho do coração que o astro rei apareça. Preciso de apanhar sol, preciso de ver o mar, preciso de espairecer. 

Rolinhos de salmão e côco com molho oriental

Há combinações tão improváveis quanto surpreendentes. Esta é uma delas. Côco e Salmão. Na verdade são dois ingredientes que adoro mas que só num acesso de loucura me daria para juntar. Não, não tive nenhum desses acessos! Ao invés disso, andei em arrumações e dei com os olhos num dossier velhinho que tenho recheado de receitas que fui colecionando na faculdade. Sim, já era dada a estas coisas nessa altura. Volta e meia lá havia jantaradas do 5ºD! E que animadas que eram! Encontrei esta receita que me chamou à atenção. Pudera, se lá estava é porque já me tinha chamado à atenção antes... 

Não resisti em fazer um molho agri-doce para acompanhar. Perfeito para servir como entrada ou como prato principal acompanhando uma salada verde e arroz basmati.

Ingredientes (8 rolinhos)

2 lombos de salmão

1 lima

50 g de côco ralado

2 c. sopa de Maisena (amido de milho)

sal marinho

pimenta

4 folhas de massa filo

oleo de amendoim

Molho oriental

2 c. sopa de oleo de amendoim

2 c. sopa de cebola picada

1 dente de alho

1 c. café de gengibre ralado

2 c. sopa de molho de soja (pouco salgado)

2 c. sopa de açúcar amarelo

1 c. chá de vinagre de arroz

2 c. sopa de ketchup

Preparação

Corte cada lombo em quatro tiras. Coloque-as numa taça, junte a raspa da lima, tempere com sal, pimenta e o sumo da mesma. Tape com película aderente e deixe repousar no frigorífico durante 30 minutos.

Enquanto isso, prepare o molho levando o óleo a aquecer numa caçarola. Junte a cebola picada e deixe cozinhar em lume brando, durante 6-7 minutos ou até esta ficar macia. Junte o alho picado e deixe cozinhar por mais 1 minuto. Junte os restantes ingredientes, deixe cozinhar por mais uns instantes e triture o molho com a varinha mágica. Se preferir, pode passar o molho por um passador de rede para não se sentir qualquer pedaço de cebola.

Corte longitudinalmente as folhas de massa filo, do tamanho das tiras de salmão.

Misture o côco com a farinha  Maisena.

Estenda uma das tiras de massa filo e pincele-a com oleo. Sobreponha outra tira e repita a operação. Passe a tira de salmão pela mistura de côco e farinha e coloque-a numa das pontas da massa filo. Enrole e coloque o rolinho num tabuleiro forrado com papel vegetal.

Leve os rolinhos a assar em forno quente (210º), pré-aquecido, durante 12 minutos ou até os rolinhos estarem dourados.

Sirva os rolinhos com o molho oriental.

Lacinhos com salmão, physalis e tomate cereja

Juntar as cores para alegrar o dia. Trazer memórias de outras paragens e sabores que me aconchegam. Neste prato, quase tudo tem uma história para contar desde o próprio prato em si. Veio comigo da quinta dos Avós e é mais velho do que eu, claro. Os garfos, a mesma coisa, um deles era o favorito do meu avô. E é isso que não quero esquecer, porque às vezes a memória prega-nos partidas e quando damos conta, já nem isso existe... É nisso que penso às vezes, quando penso no blogue. Que para além das receitas, quem sabe um dia não vai ser lido pelo meu filho, numa espécie de caderno de memórias que não quero que se apaguem.

Os tomatinhos cereja, foram dos poucos que ele deixou no tomateiro. Cada vez que lá passa, pega um, depois outro, e outro. Restaram meia dúzia para eu provar. E são tão doces. Mais doces que as physalis. Por isso resolvi juntá-los numa sinfonia de cores e sabores. Umas lascas de queijo de cabra, feito artesanalmente pelas mãos de minha Mãe. Um ato de paciencia. E amor. O feijão verde que não era verde, só assim ficou depois de cozido. Encontrei-o no mercado, numa daquelas senhoras velhinhas que vende do que tem na horta. Nem me soube dizer o nome do feijão cujas vajens até pintam as mãos de tão roxas que são. E assim se compôs uma das melhores saladas que comi nos últimos tempos.

Ingredientes para 2:

massa de lacinhos bicolor cozida al dente

1 posta de salmão

feijão verde cozido

tomate cereja

physalis

1 ramo de manjericão, salsa e cebolinho frescos

1 colher de sopa de azeite

lascas de queijo de cabra

Molho:

2 colheres de sopa azeite

1 colher de sobremesa de vinagre balsâmico

1 colher de sobremesa de mel

1/2 dente de alho picado muito fino

1/2 colher de chá de orégãos secos

flor de sal q.b. 

Preparação:

Assim que a massa estiver cozida, passe-a por água fria para parar a cozedura. Deite-lhe o azeite e mexa para que fique soltinha. Deixe arrefecer.

Grelhe a posta de salmão com umas pedrinhas de sal, deixe-o arrefecer e desfaça-o em lascas.

Coza o feijão verde cortado em pedaços, em água com sal, passe-o por água fria e escorra-o bem.

Deite a massa numa travessa, junte o feijão verde já frio, as lascas de salmão, os tomates cereja e as physalis cortados aos quartos. Junte as lascas de queijo.

Corte o raminho das ervas aromáticas e deite por cima.

Misture todos os ingredientes do molho, mexa bem com um garfo para emulsionar e tempere a salada.

Salada de búzios integrais com filetes de sardinha {e Life in a Bag}

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O dia começa bem cedo deixando-me apenas alguns minutos para passar os olhos pelas novidades. 

Andar sempre a correr é o primeiro passo para aldrabar as refeições, passar por cima delas enquanto se trinca qualquer coisa a caminho do trabalho ou ceder a tentações que normalmente exigem menos trabalho e tempo. Assim, há uma lista de coisas que obrigatoriamente tenho que ter na despensa: conservas (as nacionais são quase todas de excelente qualidade), tomate, alface, iogurtes naturais, ovos e massa. Em 15 minutos consigo preparar uma refeição saudável, nutritiva e saudável. Neste tipo de salada prefiro usar massas integrais que têm mais fibra e mais sabor mas podemos  usar da normal.

Ingredientes para 2:

150 g de buzios integrais

2 ovos

alface

1 lata de filetes de sardinha em azeite

1/2 cebola roxa

100 g de queijo aoscubos

1 colher de sopa de azeite

1/2 colher de chá de orégãos

Molho de iogurte:

1 iogurte natural

1 dente de alho 

1 pé de salsa

1 raminho de cebolinho

flor de sal para saladas Casa do Sal Figueira da Foz

sumo de limão (a gosto)

1 colher de chá de azeite (opcional)

Preparação:

Leve água a ferver temperada com sal e coza a massa durante 14 minutos.

Coza os ovos durante 6 minutos e retire-os imediatamente passando-os em água fria para para parar a cozedura.

Lave e prepare a alface dispondo-a no fundo do prato.

Escorra a massa depois de cozida e deixe arrefecer enquanto prepara o molho de iogurte.

Junte o iogurte, o alho e as ervas finamente picados com  os restantes ingredientes e mexa.

Deite a massa por cima da alface, junte os filetes de sardinha, a cebola roxa cortada em meias luas, o queijo, os ovos aos quartos e por cima o molho de iogurte.

E enquanto preparava a salada, o carteiro toca para entregar vida num saco. Sim, não estou a brincar!!  Life in a Bag é um projeto ao qual é impossível ficar indiferente. Com um design apelativo e um conceito apaixonante para quem quer cultivar as suas próprias ervas de cheiro e não só. Um presente diferente e do agrado de todos, até dos mais pequenos. Ao longo dos próximos tempos, mostrarei como se estão a desenvolver. Uma experiência para registar e repetir!

Dourada ao limão com batata recheada com cebola caramelizada

O meu dia de descanso é definitivamente o Sábado. É o dia em que desligo da corrente, em que consigo relaxar e deixar para amanhã o que posso fazer hoje sem qualquer peso na consciência. Ao contrário do que fazia em criança, em que o Domingo era passado com roupa escolhida para a ocasião,  ir à missa e a  seguir os almoços demorados, cuidadosamente preparados pela Mãe, as visitas da ou à família e sessões intermináveis de cinema, dou por mim agora a fazer tudo menos isso. Domingos passados de pantufas e fato de treino quando não é de pijama, tarefas que ficaram por fazer no dia anterior (porque não estava para isso!), ementas para preparar, listas de coisas para não deixar metade por fazer e organizar a semana que começa. Confesso que às vezes tenho saudades daqueles tempos!

Ao sábado, a paciência redobra e a inspiração aumenta. Saem normalmente receitas e pratos que noutro dia não seriam possíveis. Foi o caso desta dourada, que literalmente me veio ter à cozinha. Benditos sejam os peixeiros que ainda vêm de povoação em povoação! Neste jantar, a surpresa veio das batatas, com um toque absolutamente especial, deixando o palato baralhado e curioso!

Ingredientes para 2:

1 dourada média

8 batatas novas

1 colher de café de endro

1 limão (sumo e casca)

50 ml de azeite

sal, pimenta q.b.

2 colheres de sopa de cebola caramelizada em redução de balsâmico e vinho do Porto Casa da Prisca

Preparação:

Ligue o forno a 180ºC.

Lave, escame a amanhe a dourada. Faça uns golpes na sua pele e coloque-a num recipiente refratário.

Retire a casca do limão e corte-a em juliana. Eu uso um acessório chamado zester que retira apenas a parte amarela, já cortada em juliana. 

Tempere a dourada com sal, pimenta, o endro, a pimenta e o sumo do limão. Deite o azeite por cima. 

Leve ao forno por 20 minutos.

Lave bem as batatas, coloque-as num pirex de ir ao microondas e polvilhe-as com bastante sal. Tape o recipiente e leve ao forno por 20 minutos na potência máxima.

Quando terminar o tempo, retire as batatas, sacuda o sal e faça-lhes 2 golpes em cruz. Aperte-as ligeiramente para que abram e recheie-as com a cebola caramelizada.Coloque-as no tabuleiro, ao lado da dourada. Por cima da dourada, espalhe a casca do limão previamente cortada em juliana.

Leve ao forno por mais cinco minutos.

Eu também coloquei um tomate, ao qual cortei uma tampa e retirei metade da polpa. Levei ao forno com a dourada e a meio, juntei-lhe também uma colher de cebola caramelizada. 

Retire e sirva de imediato, enfeitado com rodelas de limão.

Molho Béchamel em Versão Integral

                                                                                 (foto)

Já várias usei esta receita mais vezes e uso sempre que faço algum prato apenas para mim (sim, os esquisitinhos cá de casa não comem coisas como lasanha de vegetais ou vegetais gratinados).

Foi adaptada do livro da Susana Gomes, Velocidade Colher. 

Deixo a versão dela, que já adaptei de diversas maneiras. Sinto-me no direito de a partilhar porque já faz parte do meu livro de receitas. É muito mais "low fat" pois é feito com azeite em vez de manteiga e a farinha é integral. 

Ingredientes:

800 g de leite

70 g de farinha de trigo integral

30 g de azeite

sal, pimenta e noz moscada moídas na hora

Pode acrescentar:

1 c.sopa de coentros 

raspa de 1/2 limão

Preparação na Bimby:

Coloque todos os ingredientes no copo e programe 8 min/ vel 4/ 90º.

Preparação Tradicional:

Aqueça o azeite em lume brando e junte a farinha, mexendo sempre enquanto esta coze.

Vá juntando o leite lentamente, mexendo sempre para não formar grumos.

Tempere com sal, pimenta e noz moscada. 

Se fizer grumos, triture com a varinha mágica e passe os molho por um passador.

Pode guardar no frígorífico, num frasco ou caixa hermética, durante uma semana.

Molho bechamel

Imagem daqui 

 

 Sempre que preciso de molho bechamel, opto por fazer em casa pois além de mais económico, posso guardar o que sobra, num frasco esterilizado, dentro do frigorífico por mais alguns dias. 

Confesso que há mais de dois anos que não faço bechamel "à mão", prefiro fazer na bimby porque entretanto posso fazer outras coisas e não fico presa ao fogão ☺

Ingredientes:

750g de leite

90g de farinha de trigo

40g de manteiga

sal, pimenta preta e noz moscada moídas no momento

Preparação tradicional:

Coloque o leite a aquecer. 

Deite a manteiga num tacho e leve ao lume até derreter. Junte a farinha e deixe-a cozinhar mexendo sempre. Acrescente um pouco de leite quente mexendo sempre e vá acrescentando à medida que o molho engrossa.

Mesmo depois de juntar o leite todo, não pare de mexer para que não "embolerique". Se tal acontecer, coloque a varinha mágica no tacho e triture o molho.

Por fim, tempere com sal, pimenta e noz moscada.

Preparação na Bimby:

Coloque todos os ingredientes no copo e programe 9 min/ vel. 4/ 90ºC.

Só com a descrição, qual acham que é a versão mais fácil?