Agosto passou num ápice. Habitualmente não tiro férias neste mês mas este ano, por força das circunstâncias, fui "obrigada" a tal. Ou seja, estive de férias no final de julho e voltei a estar no final de agosto. Com o principezinho de férias da escola, as semanas passaram a correr e eu na mesma correria entre o campo e a cidade. Uma corrida boa que me fez desligar, me obrigou a descontrair e levou a que o meu espirito se mantivesse leve e em modo de férias mesmo quando estive a trabalhar. Já não tinha um verão tão incrível desde que terminei o secundário. Neste momento, sinto-me com força para enfrentar tudo e dificilmente alguém me conseguirá tirar do sério [por isso nem vale a pena tentarem!]
Claro que o blogue sofreu com esta agitação e os posts foram raros mas sempre feitos com muito carinho!
Hoje venho partilhar com vocês como foram estas férias de agosto. Numa viagem inesquecível, com muitos quilómetros feitos, muitas coisas boas para recordar e para contar. Começamos no dia 22, numa viagem a Lisboa para ver a banda do senhor cá de casa. Fixem o nome, Motel Pantanal e vão lá espreitar as coisas que eles andam a fazer! Foram tocar às Festas de Corroios e digo-vos eu que sou da aldeia que nunca tinha visto uma feira tão grande. Apetece-me usar a expressão do JJ, é uma enormesidade!
Segue a viagem para sul de Espanha, Málaga. Quem diz que de Espanha nem bom vento nem bom casamento, não deve conhecer o mesmo que eu... Gente simpática, comida fabulosa e paisagens lindas.
Um passeio até Marbella, Puerto Banus, com a sua fantástica marina e onde comi uma fabulosa pasta com salmão e pesto que vou relembrar durante muito tempo.
Passagem obrigatória em Málaga é o imponente Mercado de Atarazanas. Com um vitral inconfundível, tem muito de tudo! Já tinha visitado antes mas numa segunda-feira, dia em que não há peixe. Desta vez, já a contar com isso, deixámos a visita para terça-feira e foi uma decisão mais que acertada! Perdi-me com tantas bancas de peixe e marisco. Os vendedores a apregoar e a cativar os clientes de uma forma fantástica. Tinha tudo um ar de que tinha mesmo acabado de chegar. O marisco vivo, muito dele capturado nas águas de Málaga. Os petiscos tradicionais como os boquerones (um peixe pequenino, parecido com a sardinha mas mais magrinho) e as sardinhas em azeite e vinagre ou em sal. Vimos um peixeiro a arranjar um tamboril em menos de 2 minutos. Fantástico! E as douradas... fiquei absoulutamente abismada com o seu tamanho. Enormes. Não resistimos a levar duas para o almoço e estavam deliciosas! Não posso deixar de falar dos enchidos e dos queijos, principalmente do manchego, o meu favorito. Não percam a oportunidade de comer uma sandes de manchego que servem habitualmente em qualquer café. Só há uma coisa que não é nem sequer comparável ao nosso... o Pão. Nuestros hermanos não têm pão como o nosso... e ainda bem, senão a combinação queijo bom com pão bom resultaria num bom par de quilos a mais!!
Passeámos na rua mais conhecida do centro de Málaga, Calle Larios, sempre com animação e fomos à Plaza de la Constitución comprar café a uma loja da Nespresso como deve ser e não como a de Coimbra... ali oferecem um café à escolha e o principezinho tomou o seu primeiro café (com leite)! Adorou, claro! A tomar "café" como os adultos!
A visita à Fundacion Picasso teve que ficar para a próxima. Também não visitámos a magnífica Catedral porque já a tinhamos visitado em Março.
As praias de areia negra e águas quentes fizeram-nos recordar outros tempos do nosso Algarve... Descobri que os espanhóis vão para a praia à hora que eu regresso, por volta das 10-10.30h. Não podemos esquecer que a diferença de horário lá faz com que às 11h já não se possa estar na praia... pelo menos eu já não posso mas eles lá ficam, com crianças e idosos. Uma coisa fantástica que reparei é que as praias têm excelentes acessibilidades para deficientes ou pessoas com difilculdades de locomoção e têm um local próprio, com dois ou três técnicos (enfermeiros ou socorristas) a prestar auxilio permanente.
Em vez da bola de berlim, vendem na praia o pescaito (peixe frito) e bebidas. Eu levei uma Torta de aceite que a Marmita me disse para experimentar. Super estaladiças, com um leve sabor a azeite e anis, são completamente viciantes! Compram-se no Mercadona (ah! e aí também se encontram vagens de baunilla a 85 cêntimos e arandos a 1 euro e 25!).
Terminamos a viagem da melhor maneira, num restaurante fantástico El Envero, onde se come a melhor paella! Desta vez comi lobina grelhada mas antes, claro, o presunto e as sardinhas em vinagrette.
Não posso deixar de falar dos gelados artesanais Kalúa, com todos os sabores imaginários, com e sem açúcar. Podem encontrá-los em Málaga, Madrid e Buenos Aires.
Continua aqui e aqui.
2 comentários:
Uau ... adorei as fotos e a descrição das mesmas, até parece que estamos lá. Esse mercado deve ser fantástico! Também me lembro do Mercadona quando fui a Espanha à muitos anos atrás e fiquei abismada com a dimensão do mesmo e com os produtos que ainda não existiam por cá e os preços mais baixos.
Agora percebo de onde vem esse teu animo para tudo!
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